quarta-feira, 11 de julho de 2012

Próximo destino ... adivinhem onde será?



Peço desculpas aos meus queridos poucos leitores, mas ando sem tempo para postar aqui no blog! Logo vou retomar! Assim que der, quero ver se consigo ir ver duas exposições aqui - Ticiano (National Gallery) e Munch, da Tate Modern. 

 Como uma amiga me chamou de desalmada (risos), resolvi quebrar o jejum com esta charada: ganha um presentinho do local quem adivinhar onde vou passar uma semana (de 21 a 28 de julho), antes de fechar as malas de volta ao Brasil.

Além das fotos para tornar a tarefa mais fácil, darei também algumas dicas:

-  O lugar é no Mar Mediterrâneo; 

- Quem mora lá fala uma língua românica com influências do fenício, do etrusco e de outras línguas do oriente;

- Os pássaros (fotos) são flamingos.

Então, que lugar é?





quinta-feira, 21 de junho de 2012

Exposição de fotografia em Londres - Saatchi Gallery






 Foto de David Benjamin Sherry


 Foto de Katy Grannan


Eu gosto muito da Saatchi Gallery em Londres. Gosto de ir lá ver arte contemporânea. Gosto sobretudo porque lá é um dos poucos lugares que conseguem me surpreender. É diferente quando se vai a um museu como a National Gallery, que é um dos cinco melhores do mundo, com certeza. Mas na National Gallery você vai para "fruir" arte, se deleitar, se deslumbrar, comprovar, conferir o talento fascinante dos maiores artistas de todas as épocas. Você vai lá apreciar uma obra-prima, tenha ela 100, 200, 500 anos. É maravilhoso, eu simplesmente adoro, tanto é que esse foi um dos motivos pelo qual escolhi Londres para ser o lugar do meu ano sabático, mesmo com a libra muito mais valorizada do que o dólar.

Mas na Saatchi eu vou para me surpreender. Para saber o que está por vir, o que vai influenciar pelos próximos anos artistas jovens do mundo inteiro. É uma experiência inigualável! Desta vez não foi diferente. Fui lá conferir uma exposição de fotografia - "Out of focus - Photography" - uma brincadeira já no título, "fora de foco". A exposição é excelente! Incrível! Tem fotos de 38 fotógrafos de várias partes do mundo, com trabalhos criativos, inventivos, geniais! Há colagem, montagem, interação com design gráfico, photoshop, de tudo um pouco, além, claro, muitas fotografias de primeira linha. A cada sala, um olhar novo, uma nova abordagem, uma nova proposta. O trabalho de uma fotógrafa, Katy Grannan, de São Francisco, é de uma força impressionante! Ela fotografa pessoas - Anônimas - o nome do trabalho, como elas são, nuas e cruas. Olhem de novo a foto dela acima é dela, olhem a expressão no rosto dessa "anônima" de uns 90 aninhos ...

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Arte Invisível tem exposição em Londres




O museu Hayward Gallery de Londres (em Southbank Centre) está com uma exposição de arte invisível. Isso mesmo, INVISÍVEL! Segundo foi divulgado, o objetivo é "quebrar paradigmas". Estão expostas 50 peças (invisíveis) na exposição. Ah, e não é gratuita: a criatura tem que pagar 8 pounds (cerca de R$ 25,00) para ver o ... invisível. Leio que uma das obras tem como título "1000 horas para olhar". Trata-se de um pedaço de papel em branco.

Tem outra "obra" que parece ser ainda mais interessante: "O show do ar-condicionado": você entra em uma sala larga e branca que só não está vazia porque lá estão dois aparelhos (brancos) de ar condicionado trazendo ar fresco. Legal, não? Uma das fotos publicadas nos jornais londrinos mostra uma visitante, de preto, em pé ao lado de tanta brancura ... (risos). O jornal faz uma ironia, sugere que se a temperatura esquentar (o que ainda não ocorreu exatamente aqui nesta chuvosa Londres), as pessoas deveriam dar uma olhadinha nessa obra da exposição.

 Este post é o primeiro post no blog no qual falo sobre uma exposição à qual eu não fui, mas tenho certeza de que meus (poucos) leitores compreenderão (rs). Como ainda há outras importantes exposições para ir, acho que voltarei ao Brasil sem visitar a invisível arte. 

Não li tudo o que os jornais publicaram a respeito, claro. Mas vi que as opiniões são díspares. Para um, trata-se de uma exposição "inesperadamente profunda". Outros tentam orientar os visitantes com informações sobre o que irão encontrar e há tablóides que v ão logo avisando que "não há muito o que ver" na dita exposição . Após alguns passos percorrendo a exposição "Art About the Unseen 1957-2012", alguns poderão imaginar que a exposição ainda não terminou de ser montada, mas que não se enganem: está tudo lá". Um jornal foi longe na ironia: como a exposição é invisível, por que não fazer uma visita invisível, isto é, não ir, mas contemplar as ideias expostas no museu de sua poltrona em casa.

A exposição ficará até 6 de agosto.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Lucio Fontana na Tate Modern




Lucio Fontana é um artista, pintor e escultor argentino-italiano (1899/1968). Foi um dos integrantes do movimento arte povera. Suas obras transitam por vários estilos, do barroco ao cubismo e futurismo. Em 1947 vai morar em Milão, onde cria o Movimento Espacialista. A partir de 1948 ele começa a pintar em uma só cor e a "maltratar" as telas, fazendo rasgos, buracos na tela. É a primeira vez que um artista "ataca" a superfície da tela. Fontana introduz em seus trabalhos a noção de espaço, de profundidade e é um dos primeiros artistas a falar em arte conceitual, que privilegia a idéia no lugar da obra executada.

A tela "Waiting", pintada em 1960 está na Tate Modern, em Londres, é classificada como um de seus "conceitos espaciais". Ao lado do quadro pode-se ler um texto do neurocientista Colin Blakemore sobre essa tela de Lucio Fontana.  Transcrevo suas palavras:"O que acontece aqui? Um quadro cortado na Tate Modern! Mas não chame a polícia. Em vez disso, reflita sobre a natureza das pinturas. Elas são paradoxos - objetos ambíguos com múltiplos significados. A pintura é um objeto em si ("a picture is a thing in its own right"), uma pedaço de lona espichada e comprimida em uma moldura. Mas os pigmentos de tinta ou outros materiais que são espalhados em sua superfície evocam outras coisas, percepções imaginadas. A superfície é plana, embora as impressões criadas possam ser sólidas. A superfície do quadro está aqui e agora; as percepções podem estar no passado, no futuro, no céu ou no inferno. A pintura de Lucio Fontana força o visitante a confrontar o paradoxo. A ausência de pigmento disfarça a ríspida realidade de sua pintura. E o talho nos permite perscrutar o espaço por trás disso - apenas para encontrar não um outro mundo, o próprio espaço. Fontana provoca o cérebro. Ele glorifica o ato anárquico de violência contra o Nada. Ele desafia a nossa confortável noção do que é uma obra de arte".

THE LEDBURY - Londres

O restaurante The Ledbury, em Londres, tem duas estrelas no Guia Michelin. Mais do que merecidas! Fica em Notting Hill e o chef é o australiano Brett Graham. Leio que passou do 34o lugar para o 14o entre os 50 melhores do mundo. O Ledbury estava na minha lista há meses e superou minhas expectativas. A comida é impecável. Saborosa, criativa, perfeita. O serviço é também admirável, profissional e atencioso na medida, sem invadir a privacidade da conversa dos comensais.

O restaurante foi aberto em 2005. Em 2011 passou a integrar a lista dos 50 melhores do mundo, e subiu mais de 20 pontos este ano. 

Vamos aos pratos: como entrada, pedi Codorna assada com lentilhas e tirinhas de presunto; minha irmã o Mackerel grelhado e meu sobrinho Aspargo branco com presunto de pato cozinhos no chá Earl Grey e parmesão.

Codorna:


Aspargos brancos:


Pratos principais:

Filetes de carne de veado de Berkshire com beterraba branca e molho de tutano defumado. S-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l!


Peito de pombo assado, com folhas vermelhas e legumes, Foie Gras e cerejinhas.


Sobremesas saboreadas:

Suflê de maracujá com sorvete de Sauternes! (deliciosa, vou lembrar desse sabor por muito tempo ...)



Torta de açúcar mascavo com uvas e sorvete de gengibre:


Parfait de flores secas com morangos selvagens, chocolate branco, e tapioca quente com baunilha: (não sei se dá para ver direito a "arvorezinha" feita para decorar).


segunda-feira, 28 de maio de 2012

BAUHAUS no BARBICAN, LONDRES


   


     "Bauhaus - art as life" é o título de uma das exposições do Barbican Centre, complexo cultural da prefeitura de Londres, até o dia 12 de agosto. A exposição é excelente, não só pela importância do movimento da Bauhaus para a arquitetura e a arte no século XX, como também pela curadoria impecável. Ao sair da exposição, você terá visualmente claro o que é ser "vanguarda". Eu sabia que a Bauhaus foi vanguarda na arquitetura e no design. Hoje, aprendi que ela foi vanguarda em muito mais. A escola pregava o funcionalismo: a casa tem que ser funcional em tudo - dos móveis à iluminação e ao aproveitamento do espaço; a moda tem que ser funcional, a arte tem que ser funcional. 

     "De sua arte de vanguarda ao início do artesanato, a Bauhaus é o modelo mais radical de aprendizado unindo arte e tecnologia. Uma força no desenvolvimento do Modernismo, ela pensou em mudar a sociedade na sequência da Primeira Guerra Mundial, em achar uma nova maneira de viver", diz um dos textos da exposição.

     A Bauhaus durou 14 anos, de 1919 a 1933, na Alemanha. Sua primeira fase foi em Weimar e depois em Dessau, onde foi construído o famoso prédio da Bauhaus, que sintetizava a maneira inovadora de pensar do movimento. A exposição no Barbican Art Gallery mostra a construção artística pioneira da Bauhaus. Lá está o coração da Bauhaus: arte, design, as pessoas, a sociedade e a cultura. São mostrados mais de 400 trabalhos, numa variedade de pintura, escultura, arquitetura, filme, fotografia, mobiliário, gráficos, produtos de design, texteis, cerâmica e trabalhos para o teatro dos mestres da Bauhaus como Josef Albers, Marcel Breuer, Walter Gropius, Wassily Kandisky, Paul Klee, Ludwig Mies van der Rohe, Lászo Moholy-Nagy e outros ...

Mies Van der Rohe  dirigiu a Bauhaus no seu período final, em Dessau. Depois que a escola foi fechada pelos nazistas, que cortaram seus recursos, ele emigrou para os Estados Unidos e tornou-se um dos mais influentes arquitetos da primeira metade do século 20.  Considerado junto com Walter Gropius e Le Corbusier um dos mestres mundiais da arquitetura moderna, é dele a frase "Less is more ("Menos é mais"), expressão que costumava utilizar como justificativa do funcionalismo de seus projetos. A frase tornou-se a essência da arquitetura no meio do século 20.


  




entre o artesão e o artista... Mas todo artista deve necessariamente possuir competência técnica. Aí reside sua verdadeira fonte de inspiração criadora... Formaremos uma escola sem separação de gêneros que criam barreiras entre o artesão e o artista. Conceberemos uma arquitetura nova, a arquitetura do futuro, em que a pintura, a escultura e a arquitetura formarão um só conjunto.”.Essa citação consta no primeiro manifesto da Bauhaus, escrito em 1919 por Walter Gropius, mostram as idéias básicas da escola e o movimento q ela causou na Alemanha, entre 1919 e 1933. 



Período de Weimar.Em 1919, o arquiteto alemão Walter Gropius integrou duas escolas existentes na cidade de Weimar, a Escola de Artes e Ofícios, do belga Henri van de Velde, e a de Belas-Artes, do alemão Hermann Muthesius, e fundou uma nova escola de arquitetura e desenho a que deu o nome de Staatliches Bauhaus (Casa Estatal de Construção), com sede em um edifício construído em 1905 por Van de Velde.Um dos primeiros movimentos da Bauhaus foi o Arts and Crafts, do inglês William Morris, que procurou restabelecer a dignidade medieval do artesanato e do artesão. Porém, o ensino da Bauhaus opunha-se às concepções de Morris, contrárias à revolução tecnológica e à produção em série. Também não agradava a Gropius o estilo art nouveau, devido a seu caráter decorativo e esteticista.


A associação Deutscher Werkbund foi a que mais elevou a Bauhaus. Fundada em 1907 por Hermann Muthesius para incentivar as relações entre os artistas modernos, os artesãos qualificados e a indústria. Muthesius desejava criar o que chamava de Maschinenstil (estilo da máquina). Gropius, que foi membro da Werkbund, materializou esse objetivo, em grande parte, na Bauhaus.
A Bauhaus combatia a arte pela arte e estimulava a livre criação com a finalidade de ressaltar a personalidade do homem. Mais importante que formar um profissional, segundo Gropius, era formar homens ligados aos fenômenos culturais e sociais mais expressivos do mundo moderno. Por isso, entre professores e alunos havia liberdade de criação, mas dentro de convicções filosóficas comuns.“A arquitetura é a meta de toda a atividade criadora. Completá-la e embelezá-la foi, antigamente, a principal tarefa das artes plásticas... Não há diferença fundamental”.


terça-feira, 15 de maio de 2012

DABBOUS - LONDRES



DABBOUS - LONDRES

Guardem este nome: Ollie Dabbous, um dos novos chef mais celebrados no circuito da alta gastronomia de Londres. Você não vai encontrar nenhuma indicação do pequeno restaurante dele nos guias de Londres (ainda não …), mas tentar conseguir um lugar no pequeno restaurante no endereço 39 Whitfield Street é uma tarefa impossível. Almoço? Junho. Jantar para dois no fim de semana? Setembro!
Dabbous é jovem (- de 30 anos) mas já tem um currículo invejável na gastronomia. Trabalhou com Raymond Blanc (Le Manoir Au Quat' Saison, por quatro anos); no Mugaritz, em São Sebastian e no Texture, em Londres. A palavra no alto círculo da gastronomia é que Dabbous “is the Next Big Thing” in London town (pronuncia-se Da-boo, sem o s). Sim, ele também estagiou no The Fat Duck, no Noma, em Copenhagen, e no WD-50, em Nova York.
A cozinha do chef Ollie é moderna, contemporânea. Os críticos dizem que ele foi treinado na culinária clássica, domina as técnicas da moderna gastronomia e exerce a sua cozinha de autor, sua própria criatividade. O resultado é uma culinária única, inventiva, surpreendente, irretocável. O Dabbous está instalado onde funcionou o primeiro cyber café de Londres, o Cyberia, em 1994. Dizem que não mudou muito a decoração que tinha no cyber, o que já levou alguns críticos a reclamar de tanto “despojamento” no decor para tamanha fama da cozinha.
No almoço de hoje (consegui mesa para dois, para mim e para minha irmã Neiva porque reservei há dois meses, minutos depois de ter lido uma reportagem enorme sobre o chef). Pedimos o Set Lunch Menu, com três cursos, ao preço de 21 pounds (cerca de R$ 60,00). Na minha opinião, valeu cada centavo de pound. Pedimos uma “carafe”, meia garrafa de vinho, um espanhol, ao custo de 8,50 pounds (R$ 25,50).
De entrada, provei a “Ervilha com menta”, um delicado creme de ervilha e menta, com consistência de abacate, ervilhas crocantes em cima e filetes de sorbet de menta (foto abaixo).


A entrada da Neiva: “Cebolas mistas em infusão de baby pinhão”. Olhem a foto:





Pedimos, como prato principal, carne de vitela cozida (no fogo bem baixo, “braised”, lembrei das aulas da Alice), envolta numa caminha de trigo, baby salsinha, kinome (sorry, não sei o que é … hehehehe) e … alho cor de rosa, “pink alho”! O prato estava sutil, maravilhoso, todos os sabores numa combinação perfeita!



Sobremesas: a Neiva pediu um sorbet de “lovage” … “Iced Lovage” - um sorbet de ervas. Lovage é uma espécie de “aipo bravo”. Nas palavras da própria comensal, é mais criativa do que saborosa … Eu fui de seleção de queijos (todos ingleses), que vieram com uma maçã assada … A maçã, deliciosa, foi retirada do forno segundos segundos antes do ponto de virar um chutney. Estava divina!



A foto acima é do pão servido antes da entrada. Vem nesse saquinho de padaria, com a data. O pão veio morno e crocante, acompanhado de uma manteiga. Se alguém aí do Brasil quiser conferir, recomendo que tente fazer a reserva uns três meses antes de vir a Londres. Com sorte, conseguem uma mesa para jantar … O site do Dabbous é dabbous.co.uk/
P.S. A comida desse chef é mais uma evidência que Londres é hoje um “must go” para quem gosta de comer bem. E a boa notícia: a preços razoáveis, mesmo para quem tem que converter a moeda num múltiplo de mais de três, como nós, brasileiros. Eu tenho comido bem não só em restaurantes estrelados como também nos almoços de todo o dia.




domingo, 13 de maio de 2012

DAMIEN HIRST

    Hoje foi dia de ir na Tate Modern ver a exposição do artista plástico britânico Damien Hirst, que ficará lá até 9 de setembro. Foi a primeira vez que vi os trabalhos desse artista, que desperta muita controvérsia com obras como a do tubarão conservado no formol (fotos acima e abaixo). As obras dele são vendidas por milhões de dólares (como esta, do tubarão). A exposição é muito legal! Fiquei impressionada como o trabalho dele se conecta com o público, de todas as idades. As crianças pareciam bem interessadas e as pessoas mais velhas também demonstravam estar curtindo muito.


    Damien Hirst surgiu no cenário artístico em Londres na exposição Freeze, em 1988, a qual ele criou e foi curador. Logo tornou-se um dos artistas mais proeminentes da sua geração. Esta obra do tubarão se chama The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone (A física impossibilidade da morte na mente de alguém). Falando em título de obra, gostei muito dos títulos escolhidos por ele para seus trabalhos. Em uma das salas da exposição, com borboletas saindo das telas e voando pela sala, o título é In and Out of Love (mais ou menos como "dentro e fora do Amor). 

 E há outra obra que me tocou muito, eu conhecia só de fotografia. Foi apresentada na Bienal de Veneza em 1993. É Mother and Child Divided (Mãe e filho divididos). Burlei a segurança para tirar as fotos postadas abaixo. São uma vaca e um bezerrinho, separados. Mas não só, eles foram também cortados ao meio, então se pode ver de um lado a pele, de outro os órgãos internos. Quando vi, pensei que é exatamente isso que nós, humanos, fizemos com os animais.



Há também Black Sheep, de 2007, um carneiro preto conservado em formol no meio da sala. Na parede, um enorme tapete de lã preta, redondo, como um grande sol preto.  E há uma sala com imensos vitrais coloridos, como estamos acostumados a ver nas igrejas aqui na Europa. Só que os vitrais de Hirst são feitos com asas de borboletas. A vida imitando a arte ... ou será o contrário? 

sábado, 28 de abril de 2012

Ticiano na National Gallery

Hoje fui novamente nas visitas guiadas da National Gallery. Gosto de ir aos sábados, às 11h30. Depois fui ao Borough Market comprar umas coisinhas e mostrar a uma colega francesa as delícias de lá. 

A visita de hoje foi excelente, como sempre. O guia nos mostrou essa pérola aí acima, um quadro do Ticiano - A morte de Actéon. O quadro é muito interessante!

O grande pintor Ticiano (1490-1576) nasceu em Pieve di Cadore e morreu em Veneza.  É chamado de "o sol entre as estrelas", considerado um dos mais versáteis pintores italianos, tendo pintado retratos, paisagens, temas mitológicos ou religiosos.

Neste quadro acima, Ticiano retrata o mito de Actéon, que é punido por ter visto a deusa Diana nua (no quadro ela está com um vestidinho básico, hehehehe). 

O poeta Ovideo, em "Metamorfoses" conta a historia mitológica em que Diana, deusa da caça, fica envergonhada e ofendida por ter sido vista nua, e atira água para cima de Actéon transformando-o num veado. Assim, ele não poderia contar para ninguém que a tinha visto nua. Os cães eram acompanhantes dele mas, não o reconhecendo, o atacam.

Há duas abordagens dessa história. Alguns artistas mostram Actéon no momento em que ele surpreende a deusa nua, tomando banho. Outros só mostram a parte final da narrativa, quando ele é devorado pelos cães. Por isso o nome - Metamorfose - pois Actéon é transformado em animal e surge com hastes na cabeça. Ticiano segue a segunda corrente.

(P.S. Minha impressão pessoal sobre o quadro, visto por mim hoje pela primeira vez: a leveza que Ticiano consegue dar para uma histórica mitológica tão triste e trágica. O quadro é lindo, magistralmente pintado. Fiquei com uma sensação - visual e pessoal somente, nunca li nem tenho nenhuma informação sobre isso - que o Ticiano foi um impressionista "avant la lettre"). 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Bath - Jane Austen, banhos romanos e muito +



                             Termas Romanas em Bath

Passamos este último fim de semana em Bath, uma cidade muito linda, com uma esplendida arquitetura georgiana, cerca de uma hora e meia de Londres, de trem. A cidade é famosa pelas termas romanas construídas no século 1 (isso mesmo, 1!), um dos maiores vestígios da era romana. A escritora Jane Austen morou lá e dois de seus romances são baseados em Bath. Há muitas atrações na cidade, como o Pump Room, salões de chá que eram ponto de encontro no século 18. Pode-se tomar um chá lá ou almoçar (como fizemos), ao som de um piano e a comida é muito boa! Há também o lindo Royal Crescent, considerada a rua mais imponente da Inglaterra, construída em 1767-70. Bath é patrimônio histórico tombado pela Unesco e o fim de semana lá foi uma delícia! Para os amantes de arquitetura Bath é um "must-go", como dizem aqui.

Royal Crescent, Bath, onde moravam os aristocratas no século XVIII.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Victoria&Albert Museum -


Hoje (quarta, 18/04)  fiz a visita guiada do Victoria & Albert Museum. Dura uma hora e a gente passeia por algumas obras-primas desse imenso e fantástico museu: o acervo é de cinco milhões de objetos armazenados em 13 quilômetros de corredores!
O prédio é muito, muito lindo! O Victoria & Albert Museum  tem o mais bonito café de museu que já vi.
Algumas obras visitadas hoje:

 Acima, um dos "Raphael Cartoons"(1515-1516) , desenhos encomendados pelo Papa Leão X a Raphael de Urbino para servirem de modelos para as tapeçarias da Capela Sistina. Emprestados pela Rainha, retratam cenas da vida de São Pedro e São Paulo.


O tapete é o Ardabil, do século XVI, um dos mais antigos e maiores persas existentes. Fica entre paredes de vidro e a intervalos de uma hora são acesas as luzes para uma visão melhor da peça.





Escultura de marmore de Giovanni Bologna, Giambologna (1529-1608) - "Sansão matando um filisteu".







Abaixo, peça para altar de uma igreja (Santo André), reconstruída entre 1482 e 1498, hoje em Bressanone, Itália.



  














PS. Sempre que volto ao Victoria & Albert Museum lembro de uma querida amiga, Claudinha Santos, talentosa diplomata, a quem devo a descoberta das maravilhas deste museu. Foi com ela que eu fui pela primeira vez nele, no ano passado, e ela me contagiou nos primeiros minutos a apreciar as peças de tapeçaria, cerámica, arte asiática, islâmica, chinesa etc, etc e etc. Até então, toda a minha atenção estava concentrada na pintura. Voltei algumas vezes,  hoje foi apenas mais uma, ainda vou caminhar muito por aquelas galerias.





sexta-feira, 13 de abril de 2012

Praga: para guardar na memória


    (O quadro acima é de um artista contemporâneo theco. Não é impressionante como lembra as obras da Tarsila?)

Conhecer Praga era um dos itens do topo da minha lista. Eu queria tanto ir que até tinha medo de ficar um pouco frustrada. Mas não. A cada esquina, você se surpreende com mais um prédio deslumbrante que surge na sua frente. Você para um pouquinho para apreciar, tirar uma foto, ou tentar lembrar se você leu alguma coisa sobre este tesouro da arquitetura que está ali para seu desfrute. Esta cena se repete incontáveis vezes ao dia. Praga é muito mais do que as fotos mostram, muito mais do que a gente imagina. No frio, com sol ou com nuvens, a cidade é exuberante, contagiante.

Fiz um city tour bem básico, de duas horas, mas deu para ter uma ideia razoável de Praga. O rio Moldava percorre a cidade,  localizada nas colinas da Boêmia central, e é uma espécie de santo padroeiro para embelezar qualquer foto. A parte antiga da cidade fica ao sul da curva do rio - a Ponte Carlos, a passagem original sobre o rio Moldava, é o ponto de origem do crescimento da cidade. No lado ocidental fica Malá Strana (Pequeno Bairro), onde eu estava hospedada (seguindo orientação do Ricardo Freire). O bairro Malá Strana é chamado nos guias turísticos de "a Rive Gauche" de Praga, por causa dos belos edifícios barrocos e praças cercadas de bares e cafés.

Na parte oriental da Ponte Carlos fica a rua Karlova, lotada de turistas que leva ao coração da Cidade Velha (Staré Mesto) medieval.  Lá estão as atrações mais conhecidas de Praga, como o Relógio Astronômico, a Casa Municipal (um prédio maravilhoso em estilo art noveau mas onde se paga uma fortuna por um sanduichezinho mais ou menos), o Museu Judaico (que não deu tempo de ir). Mas há ainda muitos "high lights", como a Praça Venceslau, o Museu Mucha, o Museu Nacional, entre outros destaques.

Um amigo sugeriu que eu escrevesse sobre as minhas impressões de Praga. Bem, além da paixão já confessada no início, eu diria que o pensamento que mais me ocorreu nos quatro dias em que estava lá foi: como esse povo sabia viver! Esse "savoir vivre" pode ser sentido a cada relíquia de arquitetura gótica, barroca, art nouveau com a qual você tem a sorte de se deparar. O guia Lonely Planet chama a atenção que em Praga novo significa ser do século XIV. Dá para imaginar? O Brasil nem sequer tinha sido descoberto. Outra coisa impressionante é o quanto as pessoas (eu também, claro!) sabem quase nada sobre a história de Praga, que já foi sede do Sacro Império Romano. Resume o Lonely Planet: "não o império de Nero em Roma, mas a miscelânea de reinos e principados cristãos espalhados pela Europa, que haviam se desenvolvido nos séculos XIV e XV".

  É preciso um bom conhecimento de arquitetura para reconhecer os exemplos majestosos de prédios nos estilos barroco, gótico, românico, renascentista, neoclássico e outros neos, art nouveau, cubista, funcionalista e os construídos durante o tempo em que os tchecos viveram sobre o domínio comunista.

E ainda nem falei sobre arte, que foi um dos pontos altos da viagem à Praga. A cidade respira arte - de todos os períodos - e acho que há mais galerias de arte do que peixes no rio Moldava. O próprio hotel em que fiquei já era uma viagem pelo design, com móveis vintage das décadas de 50, 60 e 70. Há os museus do Alfons Mucha (art nouveau),  do Dvorak e do Kafka. Quatro dias é muito pouco para tanta oferta. Mas consegui ficar duas horas no Palácio Veletrzní (Palácio da Feira Comercial), um prédio funcionalista construído em 1928 para feiras comerciais. Hoje abriga uma maravilhosa coleção de arte tcheca e europeia dos séculos XX e XXI da Galeria Nacional. Tinha uma exposição lá (não sei se era permanente ou temporária, nem deu tempo de checar isso) com pequenas maquetes sobre cenários feitos para montagem das peças teatrais nas duas primeiras décadas do século passado. Fiquei encantada, porque foi uma "aula" sobre a modernidade da vanguarda na cenografia. Uma maravilha. Cenários minimalistas para montagens de "Otelo", "Hamlet", e outras peças famosas que ainda hoje seriam arrojados. 

Para terminar, porque este post está imenso, Praga é uma maravilha que merece ser visitada. Para os sortudos que puderem, mais de uma vez.


domingo, 1 de abril de 2012

Veronese - A família de Dario diante de Alexandre






Ontem, sábado, fui novamente fazer a visita guiada da National Gallery (isso está virando um vício ... hehehe). Cheguei lá e tinha uma fila de umas 80 pessoas. Disseram que, por causa de uma ameaça de protesto, eles estavam revistando as bolsas das pessoas. Enquanto esperava na fila (afinal, já tinha ido até lá ...) passou um dos funcionários da National Gallery dando um voucher para um café grátis, uma espécie de pedido de desculpas pelo transtorno. 
A visita, como sempre, valeu MUITO a pena. Um dos quadros visitados ontem foi este de Paolo Veronese, pintado entre 1565 a 1570. É uma tela enorme, mas um visitante pode passar batido se não souber nada sobre a obra (meu caso até ontem). A tela mostra a família de Dario III em frente de Alexandre, o Grande. Em 333 A.C., Dario III, rei dos Persas, foi vencido por Alexandre na Batalha de Isso, travada próxima à cidade de Isso, na Ásia Menor.  Vencido, Dario fugiu com tanta pressa que abandonou mãe, esposa e filhos. Alexandre, contam, ao saber da captura dos parentes de Dario, mandou dizer que eles receberiam, de sua parte, o prestígio e o título de sua posição real. 
Algum tempo depois, os familiares de Dario se encontram com Alexandre e, por engano, a mãe de Dario ajoelhou-se em frente a um general amigo de Alexandre, Heféstion, em vez de render homenagem ao próprio Alexandre. Mas Alexandre foi magnânimo e a perdoou gentilmente, segundo a História. Como a tela foi encomendada por uma das famílias nobre de Veneza da época, os rostos da mãe de Dario, Sisygambis, de Alexandre e do general, podem retratar os familiares dos nobres venezianos.
É uma maneira muito agradável de aprender história e arte ao mesmo tempo, não é mesmo?


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quarta-feira, 28 de março de 2012




David Hockney ... Um pintor inglês que nasceu em 1937 e que nos anos em que estudei História da Arte no Brasil ( cursinho livre, com a artista Vera Pugliese, hoje docente da UnB), eu lembrava dele como sendo o autor de um importante livro sobre a luz e a perspectiva na história da pintura. Um livro importante, capa dura, acho que no Brasil foi editado pela Cosac&Naify, e que eu NUNCA li.  Chama-se "O conhecimento secreto". Lembrava dele também por um de seus quadros - "The big splash" - aquele da piscina, muito Califórnia, muito azul turquesa, lindo. E por aí ficavam meus conhecimentos sobre ele, eu que lia muito (e leio até hoje) sobre arte. Então, anos depois, 2012, estou aqui em Londres por um tempo estudando inglês e leio que David Hockney está com uma exposição na Royal Academy of Arts ... fevereiro, dias antes de retomar meu curso, meu sobrinho Fernando está aqui e vamos juntos ... UAUUUUUU!!!! Uma linda, maravilhosa, vibrante, colorida surpresa!!! A exposição é um show! David Hockney é um monstro! Maravilhoso! Pinta paisagens e você fica deslumbrado. A exposição é uma explosão de cores, chega a você, fala com você, mexe com seus olhos, com a sua alma, é surpreendente! Linda, linda, o cara é um show! Dias depois, vejo um documentário sobre ele na BBC londrina. Ele falando sobre a exposição ... Algo ... indescritível ... Recomendo para quem eu posso, para quem eu encontro: "Vão, não deixem de ir, é maravilhosa!!!" Hoje voltei lá, com pessoas queridas, todas adoraram, foi muito  bom ... David Hockney é ... um artista como poucos. Sua arte é contagiante e se comunica com pessoas de todas as idades - crianças olhavam as cores das telas, riam, pareciam gostar. As pessoas mais velhas também pareciam estar tendo muito prazer, gratas por estarem lá. Um grande artista é para isso - o seu talento nos ajuda a viver melhor, a se sentir melhor. Se puder, não perca!!! Se daqui a alguns anos acontecer de você ler em algum jornal da sua cidade que uma exposição de um inglês de nome David Hockney está por lá ... NÃO PERCA!!!!



domingo, 11 de março de 2012

O Casal Arnolfini, de Van Eyck




Neste sábado, 10/03, fui fazer a visita guiada na National Gallery. Para uma amante da arte como eu é o programa dos sonhos. Um professor de História da Arte 'passeia' com você em volta de cinco, seis obras-primas do acervo fantástico da National Gallery, explicando a obra e contextualizando o trabalho do artista na época em que foi pintado. Em média ficamos uns 15 minutos em frente cada tela. E isso, pasmem, é de graça. Tem todos os dias, às 11h30 e às 14h30. A visita dura uma hora. 
Um dos quadros que 'visitamos' ontem foi 'O Casal Arnolfini', pintado em 1434 pelo artista flamengo Jan Van Eyck. É um quadro pequeno, pintado em carvalho. E é impressionante. Tem sido alvo de muita discussão sobre o que representaria a cena - talvez o casamento do rico banqueiro italiano Arnolfini, residente em Bruges na época. "Mas a mulher está grávida!" - observa uma senhora. "Talvez não seja gravidez mas a moda da época" - responde o historiador.
Mas o quadro é tão famoso por outras razões. Os críticos dizem que a obra reflete fielmente as características do estilo do gótico flamengo. No pequeno quadro, Van Eyck pinta detalhes com precisão microscópica, aponta o historiador. Dá até para se ver os pelos do cachorrinho nos pés da 'Madame Arnolfini'. O pintor conseguia isso por usar óleo para fazer esses enfeites. No espelho do fundo estão representados (isso não consegui ver ontem, hehehe, não estava TÃO perto assim do quadro) cenas da Paixão de Cristo, de outras pessoas e a vista de Bruges. Os flamengos eram orgulhosos da riqueza que haviam conseguido e o quadro mostra detalhes que representam bem-estar: finas roupas e móveis.
A tela mostra ainda a preocupação com a luz e com a perspectiva, que seriam próprias de van Eyck. Ele estaria acima do seu tempo, dizem os livros sobre o pintor. Li também que Velásquez teria se inspirado nesta obra para pintar "A Familia de Felipe IV"
É uma bela maneira de se aprofundar o conhecimento de arte e de história, não é mesmo?


domingo, 4 de março de 2012

Quiet songs

Quiet songs

Para se deliciar! (Clique para ouvir)

Café perfeito


Pois é, quem me conhece sabe que sou cafélotra! Adoro café. Só não tomo mais café porque sei que tenho que moderar, ir com calma. Mas estou sempre lendo sobre café, provando todos os novos "blends" que encontro pela frente. Imaginem então agora que estou passando um tempo aqui em Londres!
Este post é para dizer que os "experts" daqui estão todos aderindo a uma cafeteira manual chamada Aeropress. Foi inventada por um americano da California. O grande segredo desta cafeteira é que ela consegue obter os sabores complexos dos cafés espressos com a textura do nosso cafezinho brasileiro, o nosso café coado. Pois é! Eu provei um desses num Café em Brasilia, e achei delicioso. Esses dias (quinta passada) saiu uma enorme matéria no The Times com os grandes baristas daqui dizendo que é a perfeição.
A grande notícia é que não é caro. Aqui sai algo em torno de 15 pounds, não sei no Brasil. Procurem no Youtube - Aeropress Isabelas Raposeiras. A barista de São Paulo tem um video bem didático explicando como se faz o café com Aeropress.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Lucian - Carne - Freud

A exposição dos retratos do Lucian Freud está na National Portrait Gallery, até 27 de maio de 2012. Olha, só vou dizer o seguinte para vocês. É impressionante! As telas, ou melhor, os retratos - pequenos, médios, grandes, ENORMES - chegam até você, chocam. Lucian Freud, artista inglês do qual eu não sabia muita coisa além da informação de ser neto do Sigmund Freud é um pintor de retratos, um dos melhores, acho que o melhor que eu já vi. A exposição mostra 130 retratos pintados por ele desde os primeiros trabalhos até os mais recentes. Eles penetram na sua pele. Olhe-os, deixe que eles entrem mesmo no fundo de seus olhos, de seu corpo, sinta a força das pinceladas, da escolha da palheta das cores, sinta Lucien Freud.Você está diante de um enorme, de um gigante, de um mestre. Ele é tão bom que porá você em xeque com seu senso estético, você ficará um pouco tonto, sem saber se o quadro na sua frente é bonito ou horroroso, sem saber direito o que você está sentindo. Não se impressione com isso, siga em frente, respire, olhe o livrinho, volte a olhar as telas, são todas magníficas. Cada retrato exposto ali vale por uma (2,3?) aulas de pintura, das boas. Sabe o que mais? Foi um belo negócio os 12 pounds do ticket. Carne fresca, arte fresta e eterna, foi isso que você viu, além de ter sentido balançar a sua noção de beleza. Aquela mulher esquálida, de olhos grandes e pele branca/acinzentada não era bonita? E se não era, qual o problema? Se puder, não perca! Lucien Freud, National Portrait Gallery, Londres, até o final de maio!

Voltando, daqui de Londres

Olá ... Resolvi retomar este blog porque tenho sentido muita vontade de compartilhar com amigos este meu tempo fora do Brasil. Desde julho de 2011, estou num sabático em Kingston Upon Thames - UK (fica na Grande Londres) e estudo inglês em Richmond, pertinho daqui.
Como adoro arte, tenho ido a muitas exposições maravilhosas - Leonardo da Vinci, David Hockney, Lucien Freud, entre muitas outras - e vou compartilhar minhas impressões sempre que puder.
Londres está na agitação habitual. Não há frio nem chuva (muito pouca, por sinal) que afaste as pessoas das ruas, dos bares, dos cafés. E que cafés! Eles vem em blends selecionados de todas as partes do mundo. Há restaurantes de todos os tipos de comida.
Os fantásticos acervos dos museus (mais importantes coleções do mundo) estão à nossa disposição, de graça! Vou ir contando de tudo um pouco - arte, gastronomia, enologia, literatura, Londres, tendências e novidades. Bom proveito!